terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Aaaaai, é muito fofo!

sábado, 21 de novembro de 2009

Justin & Ciara

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

As bonecas de crochê




Um homem e uma mulher estavam casados por mais de 60 anos. Eles tinham compartilhado tudo um com o outro. Eles tinham conversado sobre tudo. Eles não tinham segredo entre eles afora uma caixa de sapato que a mulher guardava em cima de um armário e tinha avisado ao marido que nunca abrisse aquela caixa e nem perguntasse o que havia nela. Assim por todos aqueles anos ele nunca nem pensou sobre o que estaria naquela caixa de sapato.
Mas um dia a velhinha ficou muito doente e o médico falou que ela não sobreviveria. Visto isso o velhinho tirou a caixa de cima do armário e a levou pra perto da cama da mulher. Ela concordou que era a hora dele saber o que havia naquela caixa. Quando ele abriu a tal caixa, viu 2 bonecas de crochê e um pacote de dinheiro que totalizava 95 mil dólares.
Ele perguntou a ela o que aquilo significava, ela explicou;
- Quando nós nos casamos minha avó me disse que o segredo de um casamento feliz é nunca argumentar e brigar por nada. E se alguma vez eu ficasse com raiva de você que eu ficasse quieta e fizesse uma boneca de crochê.
O velhinho ficou tão emocionado que teve que conter as lágrimas enquanto pensava ‘Somente 2 bonecas preciosas estavam na caixa. Ela ficou com raiva de mim somente 2 vezes por todos esses anos de vida e amor.’
- Querida!!! – ele falou – Você me explicou sobre as bonecas, mas e esse dinheiro todo de onde veio?
- Ah!!! – ela disse – Esse é o dinheiro que eu fiz com a venda das bonecas... "


E você? Sabe fazer crochê?

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O que faz você feliz? II

"O que faz você feliz?
A lua, a praia, o mar
Uma rua, passear
Um doce, uma dança, um beijo
Ou goiabada com queijo?

Afinal, o que faz você feliz?

Chocolate, paixão, dormir cedo, acordar tarde
Arroz com feijão, matar a saudade
Cor do texto
O aumento, a casa, o carro que você sempre quis
Ou são os sonhos que te fazem feliz?

Dormir na rede, matar a sede
Ler ou viver um romance
O que faz você feliz?

Um lápis, uma letra, uma conversa boa
Um cafuné, café com leite, rir à toa
Um pássaro, um parque, um chafariz
Ou será o choro que te faz feliz?

A pausa para pensar
Sentir o vento, esquecer o tempo
O céu, o sol, um som
A pessoa, ou o lugar?

Agora me diz, o que faz você feliz?"

O que faz você feliz?




Abrir a janela, comer na panela

viajar pela rua, o mundo da lua

Correr para o abraço, que eu desembaraço,

ou é andar descalço que faz você feliz?

Será que é cuidar da gente,

cuidar do planeta,

fazer diferente, fazer melhor?

Ficar na cama (só mais um pouquinho!)

Comer um bolinho, fazer um carinho,

Se espreguiçar?

É isso que faz você feliz?

Ou é... adivinhar desejo, estalinho de beijo

amar de paixão, arroz com feijão,

uma bela salada, miolo de pão?

Talvez...

a macarronada, brincar de nada,

fazer de tudo, fazer o que você sempre quis...

Me diz: o que faz você feliz

também faz alguém feliz?


Jingle Grupo Pão de Açúcar

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

I Got a Feeling

The Black Eyed Peas!

Show surpresa no lançamento da 24ª temporada do programa da Oprah. O grupo Black Eyed Peas contratou 800 pessoas, que aprenderam a coreografia e passaram para os 20 mil fãs presentes no dia!
Foi a maior Flash Mob Dance da história!

Incrível! Vale a pena clicar!




terça-feira, 8 de setembro de 2009

A Lista

A lista
Oswaldo Montenegro

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas mentiras você condenava
Quantas você teve que cometer
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você


quarta-feira, 27 de maio de 2009



Os livros têm os mesmos inimigos que o homem: o fogo, a umidade, os bichos, o tempo e o próprio conteúdo.

Paul Valéry 

domingo, 17 de maio de 2009


JEITO DE SER

 

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.

 

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.


É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.


É uma elegância desobrigada.


É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.


Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.


É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas.


Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.


É possível detectá-la em pessoas pontuais.


Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.


Oferecer flores é sempre elegante.


É elegante não ficar espaçoso demais.


É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro.


É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.


É elegante retribuir carinho e solidariedade.


Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.


Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.


Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.


A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que com amigo não tem que ter estas frescuras.


Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la.


Educação enferruja por falta de uso. E, detalhe: não é frescura.

 

Marta Medeiros

quarta-feira, 13 de maio de 2009


DEZ COISAS QUE LEVEI ANOS PRA APRENDER...


1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.

4. A força mais destrutiva do universo, é a fofoca maldosa.

5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.

6. Jamais, sob qualquer circunstância, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.

7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".

8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".

9. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um armador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.

10. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.

LUIS FERNANDO VERÍSSIMO

terça-feira, 28 de abril de 2009



Exigências da Vida Moderna... 



Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro. 
E uma banana pelo potássio. 
E também uma laranja pela vitamina C. 

Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes. 
Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. 
E uriná-los, o que consome o dobro do tempo.
Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão). 

Cada dia uma Aspirina, previne infarto.
Uma taça de vinho tinto também. 
Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso. 
Um copo de cerveja, para... não lembro bem para o que, mas faz bem. 
O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber. 

Todos os dias deve-se comer fibra. 
Muita, muitíssima fibra 
Fibra suficiente para fazer um pulôver. 
Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente. 
E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada.
Só para comer, serão cerca de cinco horas do dia. 

E não esqueça de escovar os dentes depois de comer. 
Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax. 
Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia. 

Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco comendo são vinte e uma. 
Sobram três, desde que você não pegue trânsito.

As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia. 
Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma). 

E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando eu estiver viajando. 

Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as informações. 

Ah! E o sexo.
Todos os dias, tomando o cuidado de não se cair na rotina. 
Há que ser criativo, inovador para renovar a sedução. 
Isso leva tempo e nem estou falando de sexo tântrico.

Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha um bichinho de estimação 

Na minha conta são 29 horas por dia. 

A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo!!!

Tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os dentes. Chame os amigos e seus pais. 
Beba o vinho, coma a maçã e dê a banana na boca da sua mulher.

Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésio.

Agora tenho que ir.
É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e da maçã, tenho que ir ao banheiro. 
E já que vou, levo um jornal...
Tchau.... 
Se sobrar um tempinho, me manda um e-mail. 

Luís Fernando Veríssimo

domingo, 19 de abril de 2009


Vida e Valores (Os mistérios da vontade)


A vida da gente é algo bastante fascinante, porque existe um leme e muito pouca gente se dá conta de que a nossa vida tem um leme. 


É muito comum encontrarmos, em cada momento, nas nossas conversas, junto às pessoas de nosso relacionamento, aqueles discursos que dizem: 
Eu não consigo. Isso aí eu não consigo. Não sou capaz.Eu não dou conta. Ah! Isso é muito difícil.


Certamente quando encontramos esse tipo de discurso, percebemos que existe uma grande fragilidade do indivíduo, do dono do discurso, em função do que ele pretende expressar. Quase sempre ele deseja dizer da sua incapacidade, da sua impossibilidade.


Mas, existe um fator preponderante, torno a dizer, que é o leme das nossas ações. Esse leme de tudo quanto nós fazemos, chama-se vontade. Naturalmente que somos pessoas dotadas de vontade, no entanto, existe uma coisa chamada boa vontade e outra, má vontade.


Às vezes, temos má vontade de fazer as coisas para nós próprios e, certamente, em nível de psicologia humana, isso representa um grande paradoxo, porque a coisa que nós mais queremos é crescer, é evoluir, é progredir.


Ao mesmo tempo, parece que fazemos tudo para que esse estágio de evolução não se concretize e aí saímos com esses discursos vazios, frágeis: Eu não sou capaz, eu não posso, eu não consigo. Eu não dou conta. Já fiz de tudo. Já tentei tudo.


E sabemos que não é verdade, porque se tivéssemos tentado de fato, com boa vontade, teríamos conseguido.


Em verdade, a vontade é um leme, através de cuja ação, a embarcação da nossa vida, as nossas ações, se dirigem para onde nós quisermos.


Há pessoas que têm vontade de ser paparicadas, de serem vistas comocoitadinha, de serem vistas como alguém que está sempre precisando de um afago alheio.


Não é a melhor opção, não é isso que deve ser a regra de nossa vida. A regra de nossa vida deve ser a da independência, de sabermos o que queremos e, ao sabermos o que queremos, tratarmos de marchar para esse objetivo. Nada de ficarmos com essas justificativas injustificáveis, de que não é capaz, de que não consegue. Porque quando nós dizemos assim, já estipulamos a incapacidade, já estabelecemos a nossa derrota.


É como se alguém fosse fazer um exame, uma prova, um concurso e dissesse:Eu sei que eu não vou passar.


Já determinou que não quer passar. É diferente daquela criatura que diz assim:Apesar de tudo eu vou fazer. Tive pouco tempo para estudar, tive pouco tempo para me preparar, porque trabalhei muito, porque viajei ou por qualquer outro motivo, mas eu vou tentar, eu vou conseguir.


Esse estado de ânimo em que a criatura diz: Eu vou conseguir, já deu a ela um background excelente para que ela alcance os objetivos de sua vida.


A vontade é esse timão, através do qual dirigimos a embarcação de nossa existência. Em todas as coisas que fazemos, só fazemos porque temos vontade.


Quando fazemos alguma coisa sem ter vontade, significa que é sem ter boa vontade. Mas, se estamos fazendo alguma coisa sem que tenhamos boa vontade, aí estaremos fazendo com má vontade.


A vontade sempre existe, mas ela pode ser uma vontade capaz de nos fazer crescer ou uma vontade capaz de nos atirar ao chão.


Qual é a nossa proposta de vida? Já que vontade vem do latim: volerevolere que deu voliçãoa vontade de, a vontade de realizar alguma coisa.


E a partir dessa volição, dessa vontade de realizar alguma coisa, nós somos responsáveis pela nossa vida, pelos passos da nossa vida, pelas coisas que desejamos ou não realizar.


Muitas vezes, o nosso discurso é de quem quer, mas a nossa prática é a de quem não quer. Muitas vezes dizendo não querer, o nosso discurso estabelece o que nós de fato desejamos.


* * *


Quando a criatura diz: Eu já tentei tudo, certamente essa é uma postura de comodidade, porque tudo ninguém jamais foi capaz de fazer. Nós fizemos algumas coisas e dessas coisas que fizemos, algumas deram certo, outras não deram certo.


Jesus Cristo foi especial ao nos dizer que tudo é possível àquele que crê. Lemos isto nas anotações do evangelista Marcos. E se tudo é possível àquele que crê, por que se torna possível a ele?


Porque essa crença está amalgamada sobre a vontade. Está alicerçada sobre a vontade. Tudo é possível àquele que tem vontade, poderíamos dizer assim. Porque quando nós temos vontade superamos problemas. Quando temos vontade superamos dificuldades, quando temos vontade nos esforçamos.


Essa vontade é um elemento catalisador que impulsiona dentro de nós as reações mais impossíveis. Aquela criatura que dizia assim: Não, com essa paralisia eu não serei capaz. E aí chega um fisioterapeuta, um médico, um amigo e diz assim: Você vai conseguir. Você é capaz.


E começa a fazer o exercício, começa a mostrar que é possível. No começo dói, no começo é difícil, no começo... mas o indivíduo vai vencendo as dificuldades.


Na medida em que vamos vencendo as nossas dificuldades, tudo se torna possível. É por isso que vimos Aleijadinho, com as deficiências que portava, ter se tornado o excelente engenheiro do barroco.


É por isso que vimos a notável Helena Keller, cega, surda, muda, tornar-se notável professora de cegos, surdos e mudos, viajar pelo mundo, fazer conferências.


É por causa disso que encontramos hoje as Olimpíadas para deficientes físicos, as Paraolimpíadas. E ficamos estupefatos, entusiasmados de ver o que vemos.


É por isso que hoje vemos criaturas cheias de mazelas orgânicas fazendo verdadeiros milagres, com o poder da sua vontade.


Quando temos vontade, o céu se move para nós. Quando temos vontade, arrastamos as montanhas mais pesadas e essa vontade é pródromo da fé, alimenta nossa fé.


E o Mestre Nazareno nos disse que, se tivéssemos fé do tamanho de um grão de mostarda, que é tido como dos menores grãos do mundo, uma das menores sementes do mundo, seríamos capazes de dizer às montanhas para que se afastassem e elas se afastariam.


Essas montanhas certamente não são as de granito, não são as montanhas da nossa geologia, são as montanhas da alma, as montanhas de problemas, as montanhas de dificuldades, de deficiências.


É por essa razão que somos movimentados pela nossa vontade.No mundo social, quando as obras não são feitas para a comunidade, dizemos que falta vontade política.


A vontade é, de tal forma identificada nas realizações da vida, que passamos a usá-la popularmente, sem que o povo se dê conta de que está enunciando uma grandíssima verdade.


Falta vontade política nos políticos, mas falta vontade política em nós. Às vezes, pela nossa política doméstica achamos que, se superarmos determinados problemas, não teremos mais o aconchego de Fulano, a paparicação deBeltrano.


Às vezes, na nossa política de vivência social com os nossos amigos, achamos que, se demonstrarmos a nossa capacidade, as pessoas não irão mais fazer para nós.


A nossa vontade precisa se associar à orientação de Jesus Cristo ao nos dizer que, tudo é possível àquele que crê.


Creiamos, desde hoje, que é possível sair da nossa deficiência, da nossa limitação, da nossa desordem interior.


Pessoas de pouca memória que dizem: Ah! Eu não sou capaz de lembrar. Não digam assim. Será melhor dizer: Vou fazer esforços para me lembrar. Porque estaremos trabalhando no positivo.


Quando eu já garanto que não serei capaz, de que já tentei tudo, estou me condenando à falência. A nossa vontade é o leme da embarcação da nossa vida. Se o timoneiro for um bom timoneiro, levará o barco da sua vida para o porto da paz e da realização. Mas, se ele for um mau timoneiro, certamente arremessará a nau de sua vida sobre os arrecifes, sobres as montanhas, e seu barco possivelmente, se não chegar a isso, adernará nas ondas bravias.


Vontade, volere, querer. Querer é poder, afirma o brocado popular.


E é por essa razão que, quando sentirmos a necessidade de querer, por que é que não vamos querer o bem, o amor e a paz, para que tudo mais se complete em nossa existência?


Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 122, apresentado por Raul Teixeira. Programa gravado em janeiro de 2008. 

segunda-feira, 23 de março de 2009

VINICIUS DE MORAES


Porque você é uma menina com uma flor e tem uma voz que não sai, eu lhe prometo amor eterno, salvo se você bater pino, 
o que, aliás, você não vai nunca porque você acorda tarde, tem um ar recuado e gosta de brigadeiro: quero dizer, o doce feito com leite condensado. 

E porque você é uma menina com uma flor e chorou na estação de Roma porque nossas malas seguiram sozinhas para Paris e você ficou morrendo de pena delas partindo assim no meio de todas aquelas malas estrangeiras. 

E porque você sonha que eu estou passando você para trás, transfere sua d.d.c. para o meu cotidiano, e implica comigo o dia inteiro como se eu tivesse culpa de você ser assim tão subliminar. E porque quando você começou a gostar de mim procurava saber por todos os modos com que camisa esporte 
eu ia sair para fazer mimetismo de amor, se vestindo parecido. E porque você tem um rosto que está sempre um nicho, mesmo quando põe o cabelo para cima, parecendo uma santa moderna, e anda lento, e fala em 33 rotações mas sem ficar chata. E porque você é uma menina com uma flor, eu lhe predigo muitos anos de felicidade, pelo menos até eu ficar velho: mas só quando eu der uma paradinha marota para olhar para trás, aí você pode se mandar, eu compreendo. 

E porque você é uma menina com uma flor e tem um andar de pajem medieval; e porque você quando canta nem um mosquito ouve a sua voz, e você desafina lindo e logo conserta, 
e às vezes acorda no meio da noite e fica cantando feito uma maluca. E porque você tem um ursinho chamado Nounouse e fala mal de mim para ele, e ele escuta e não concorda porque ele é muito meu chapa, e quando você se sente perdida e sozinha no mundo você se deita agarrada com ele e chora feito uma boba fazendo um bico deste tamanho. E porque você é uma menina que não pisca nunca e seus olhos foram feitos na primeira noite da Criação, e você é capaz de ficar me olhando horas. E porque você é uma menina que tem medo de ver a Cara-na-Vidraça, e quando eu olho você muito tempo você vai ficando nervosa até eu dizer que estou brincando. 
E porque você é uma menina com uma flor e cativou meu coração e adora purê de batata, eu lhe peço que me sagre seu Constante e Fiel Cavalheiro. 

E sendo você uma menina com uma flor, eu lhe peço também que nunca mais me deixe sozinho, como nesse último mês em Paris; fica tudo uma rua silenciosa e escura que não vai dar em lugar nenhum; os móveis ficam parados me olhando com pena; 
é um vazio tão grande que as mulheres nem ousam me amar porque dariam tudo para ter um poeta penando assim por elas, a mão no queixo, a perna cruzada triste e aquele olhar que não vê. E porque você é a única menina com uma flor que eu conheço, eu escrevi uma canção tão bonita para você, "Minha namorada", a fim de que, quando eu morrer, você, se por acaso não morrer também, fique deitadinha abraçada com Nounouse cantando sem voz aquele pedaço que eu digo que você tem de ser a estrela derradeira, minha amiga e companheira, no infinito de nós dois. 

E já que você é uma menina com uma flor e eu estou vendo você subir agora - tão purinha entre as marias-sem-vergonha 
- a ladeira que traz ao nosso chalé, aqui nessas montanhas recortadas pela mão de Guignard; e o meu coração, como quando você me disse que me amava, põe-se a bater cada vez mais depressa. 

E porque eu me levanto para recolher você no meu abraço, e o mato à nossa volta se faz murmuroso e se enche de vaga-lumes enquanto a noite desce com seus segredos, suas mortes, seus espantos - eu sei, ah, eu sei que o meu amor por você é feito de todos os amores que eu já tive, e você é a filha dileta de todas as mulheres que eu amei; e que todas as mulheres que eu amei, como tristes estátuas ao longo da aléia de um jardim noturno, foram passando você de mão em mão até mim, cuspindo no seu rosto e enfrentando a sua fronte de grinaldas; foram passando você até mim entre cantos, súplicas e vociferações - porque você é linda, porque você é meiga e sobretudo porque você é uma menina com uma flor.


sexta-feira, 20 de março de 2009



As pombigna
p'ru aviadore chi pigó o tombo


Vai a primiéra pombigna dispertada, 
I maise otra vai disposa da primiéra; 
I otra maise, i maise otra, i assi dista maniera, 
Vai s'imbota tutta pombarada.

Pássano fóra o dí i a tardi intêra, 
Catáno as formiguigna ingoppa a strada; 
Ma quano vê a notte indisgraziada, 
Vorta tuttos in bandos, in lilêra.

Assi tambê o Cicero avua, 
Sobí nu spaço, molto alê da lua, 
Fica piqueno uguali d'un sabiá.

Ma tuttos dia avua, allegre, os pombo!... 
Inveis chi o Muque, desdi aquilio tombo, 
nunga maisa quiz sabe di avuá.


Juó Bananére


**Juó Bananére era o pseudônimo usado pelo escritor brasileiro Alexandre Marcondes Machado para criar obras literárias num patois falado pela numerosíssima colônia italiana de São Paulo na primeira metade do século XX.  Durante o período que participou da revista “O Pirralho”, já satirizava varias obras da Literatura Brasileira, tidas como "sérias" e, até então, "intocadas".  Com seu estilo peculiar, ele parodiou “monstros consagrados” da literatura, como por exemplo: Casimiro de Abreu, Camões, Gonçalves Dias e também os contemporâneos e os respeitadíssimos Raimundo Correa e Olavo Bilac.