quinta-feira, 25 de março de 2010

Mary Help

sexta-feira, 19 de março de 2010

A luta mais fofa

terça-feira, 9 de março de 2010

Ser chique...

Ser chique


Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como atualmente.

A verdade é que ninguém é chique por decreto.

E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão a venda. Elegância é uma delas.

Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupas recheado de grifes importadas. Muito mais que um belo carro alemão.

O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta.

Chique mesmo é quem fala baixo. Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes. Mas que, sem querer, atrai todos os olhares, porque tem brilho próprio.

Chique mesmo é quem é discreto, não faz perguntas inoportunas, nem procura saber o que não é da sua conta.

Chique mesmo é parar na faixa de pedestre e abominar a mania de jogar lixo na rua.

Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e as pessoas que estão no elevador. É lembrar do aniversário dos amigos.

Chique mesmo é não se exceder nunca. Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.

Chique mesmo é olhar no olho do seu interlocutor. É "desligar o radar" quando estiverem sentados a mesa do restaurante e prestar verdadeira atenção à sua companhia.

Chique mesmo é honrar a sua palavra. É ser grato a quem lhe ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.

Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, mas ficar feliz ao ser prestigiado.

Mas para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre do quanto que a vida é breve.

Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se cruzar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem.

Porque, no final das contas, chique mesmo é ser feliz!

Gilka Aria


Memória curta

Memória curta

E aí a gente vai largando as chaves, o celular, o papelzinho com o telefone do marceneiro… E nunca sabe onde deixou. Onde foi mesmo que eu larguei a caneta? Hum, eu conheço aquele cara não sei de onde… Como é mesmo o nome dele?

Você é assim também?
Memória fraca, né?
Será que é a idade que vai chegando…
Ou será sabedoria?

Eu gosto de deletar certas coisas da mente.
Se a gente descarta alguns pensamentos, é porque eles não são importantes mesmo.

Outro dia eu esbarrei numa pessoa no shopping.
Olhei, olhei, e senti que aquele rosto era familiar.
Cumprimentei educadamente, mas não parei para conversar.
Acredito que o meu sorriso foi o suficiente pra disfarçar o esquecimento.

Horas depois, em casa, bingo!!!
Lembrei de onde eu conhecia aquela cara.
Foi alguém do passado que me magoou.
A gente brigou e nunca mais se viu.
Senti um alívio danado por não ter lembrado da mágoa naquela hora.

E descobri que memória curta não é coisa da idade, não…
É sabedoria mesmo.
Esquecer um ressentimento é coisa de gente grande.
Gente de bem com a vida.
Gente que não se ocupa de remoer mágoas.

Essa coisa de lembrar só o que é importante e feliz é a tal memória seletiva.
Coisa que todo mundo deveria fazer.

O mesmo com os olhos e ouvidos…
Ouça e veja só o que faz bem pra alma.

Sabedoria pra mim é isso:
Ficar esquecido de episódios tristes.
Surdo de ruídos nocivos.
Cego de visões distorcidas…

Enquanto a memória falha, eu vou ficando melhor como pessoa…
E lembrando só do que vale a pena.
Do que é necessário. Só o essencial.

Confesso que esqueci onde larguei a chave do carro…

Mas eu lembrei de uma coisa ótima:
Não tenho a menor idéia do que me aborreceu ontem…

Porque hoje eu estou muito feliz!

Lena Gino