segunda-feira, 23 de março de 2009
sexta-feira, 20 de março de 2009
As pombigna
p'ru aviadore chi pigó o tombo
Vai a primiéra pombigna dispertada,
I maise otra vai disposa da primiéra;
I otra maise, i maise otra, i assi dista maniera,
Vai s'imbota tutta pombarada.
Pássano fóra o dí i a tardi intêra,
Catáno as formiguigna ingoppa a strada;
Ma quano vê a notte indisgraziada,
Vorta tuttos in bandos, in lilêra.
Assi tambê o Cicero avua,
Sobí nu spaço, molto alê da lua,
Fica piqueno uguali d'un sabiá.
Ma tuttos dia avua, allegre, os pombo!...
Inveis chi o Muque, desdi aquilio tombo,
nunga maisa quiz sabe di avuá.
Juó Bananére
**Juó Bananére era o pseudônimo usado pelo escritor brasileiro Alexandre Marcondes Machado para criar obras literárias num patois falado pela numerosíssima colônia italiana de São Paulo na primeira metade do século XX. Durante o período que participou da revista “O Pirralho”, já satirizava varias obras da Literatura Brasileira, tidas como "sérias" e, até então, "intocadas". Com seu estilo peculiar, ele parodiou “monstros consagrados” da literatura, como por exemplo: Casimiro de Abreu, Camões, Gonçalves Dias e também os contemporâneos e os respeitadíssimos Raimundo Correa e Olavo Bilac.